Investigação da Polícia Federal desbanca “rede organizada” que impulsiona mensagens falsas sobre fraudes no sistema eletrônico de votação
No bolso dos mentirosos: TSE bloqueia financiamento de onze canais que veiculam fake news (Foto: Editoria de Arte/O Globo)
O corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Felipe Salomão, suspendeu a monetização de perfis ligados a 11 influenciadores digitais, três veículos de mídia (Terça Livre, Folha Política e Jornal da Cidade Online) e um movimento político (Nas Ruas) por “propagarem mensagens falsas sobre as eleições”.
Essa “rede de mentiras” possui alto alcance nas principais plataformas digitais. Juntas, somam mais de cinco milhões de seguidores no Facebook e Instagram e 9,1 milhões de inscritos em seus canais no YouTube.
Foram identificadas ao menos 4.394 publicações nos canais citados que abordam temas eleitorais com referências diretas ao TSE, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e às urnas eletrônicas, por exemplo.
A Polícia Federal aponta que os perfis interagem como “uma rede organizada” para estimular a polarização do debate político, especialmente com o impulsionamento “de mensagens falsas sobre fraudes no sistema eletrônico de votação”.
Ao relatar o inquérito, concluindo as investigações relacionadas às informações enganosas destiladas por toda a internet, a PF afirma que o modus operandi dessa “rede de mentiras” replica manobra atribuída a Steve Bannon, estrategista de Donald Trump nas eleições de 2016.
Com informações de “O Globo”
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