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Literatura
A imagem de Judas é usada para discutir a figura do traidor,
não aquele que se vende por dinheiro, contudo, aquele que age
de forma leal e devotada, em busca do bem comum
Dia 28 de dezembro o escritor israelense Amós Oz nos deixou.
Admito, não sou grande conhecedor de sua obra. Li apenas Judas, presente de minha querida prima Kátia.
Conheço o escritor de leituras de críticas e resenhas de sua obra, além de filmes, cujos roteiros foram construídos a partir de seus trabalhos.
Seu estilo não me encantou, prefiro os escritores norte-americanos, os cânones e alguns brasileiros clássicos.
Todavia, é perceptível uma doçura, uma leveza em seu texto, permeada pela aridez do Sinai, algo que noto em Graciliano Ramos
A obra que li — Judas — versa sobre a temática permanente entre árabes e judeus, porém, não está permeada pelo ódio, pelo ressentimento ou rancor, mas pelo amor.
Oz foi um feroz lutador contra o conflito bélico que envolve Israel e Palestina. Defende dois Estados e uma solução pacífica para a questão.
A imagem de Judas é usada para discutir a figura do traidor, não aquele que se vende por dinheiro, contudo, aquele que age de forma leal e devotada, em busca do bem comum
Sua amizade com um militar britânico em 1946 deu-lhe o rótulo de “traidor”, no momento que a futura Israel vivia sob domínio dos ingleses. Agora, ao buscar uma aproximação pacífica com a Palestina, continua com o mesmo estigma.
Foi indicado ao prêmio Nobel da Paz em 2002.
É respeitado e reconhecido em todo o mundo.
Deixa exemplo e legado inestimáveis. Ainda mais no momento em que nos encontramos: intolerância, ódio étnico-racial, ódio ideológico, fanatismos políticos e ideológicos, xenofobia, homofobia, fundamentalismos religioso e político.
Fará falta sua pena firme e lúcida.
LIVRO