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A aberração ocorrida em Brumadinho não é uma tragédia. Escrevi repetidas vezes: tragédia é um acontecimento que se refere à vontade dos deuses, como na Grécia Antiga, é ‘obra do destino1. Aquilo que é de responsabilidade humana, é um drama. Logo, os crimes da Samarco e da Vale, não são obras do destino ou vontade dos deuses. São crimes, transformados em drama, para àqueles que perderam suas vidas, seu trabalho, seus parentes e amigos, filhos, maridos e esposas, casas, animais, enfim, perderam a dignidade. Quer dizer, tiveram-na usurpada
O noticiário informou a quantidade ridícula de fiscais para triarem as obras.
Porém, há que se acrescentar: a inexistência de uma política de verificação, fiscalização, permanentes das tais usinas, as quais, são uma bomba relógio, prontas para explodir a qualquer momento.
Mais uma vez se comprova o descaso, a omissão, a canalhice do poder público, em suas três esferas, quanto à vida. Fiscalizar, consertar, manter em ordem, sem risco ao outro, não dá visibilidade, não dá voto. Então, dane-se. Os impactos ambientais não serão sentidos por essa escória. É mais uma maldita herança para o futuro. Não é problema deles. É um drama que, novamente, poderia e deveria ser evitado
Há uma comoção planetária. Sensacionalismo nos noticiários.
Logo será esquecido, tal qual o crime de Mariana.
Detalhe: não se trata de responsabilizar os atuais “governantes”. Porém, TODOS. Esse problema remonta há décadas. Trata-se de um descaso cultural e estrutural no Brasil.
Aqui a vida é lixo. Não tem valor. Somente importa aquela da maldita elite econômica, aliás, os mesmos que se locupletam com a desgraça alheia.
Brumadinho, Mariana, e muitas outras desditas passarão… ficarão apenas no coração e na memória daqueles que foram mutilados, física e mentalmente.
O povo esquece fácil.
As preocupações se voltam para o “saquinho” de colostomia. Parece-me que é a parte mais inteligente desse ‘governo’