Paz e saúde: fatores que se complementam

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Paz e saúde: fatores que se complementam

Professor Cadu é Biólogo, Cirurgião-Dentista, Mestre em Microbiologia, Doutor em Geologia Regional, Professor EBTT no Instituto Federal de São Paulo - Campus Votuporanga

Um simples resfriado nos tira o humor, imagine uma doença grave. Um ambiente onde a paz não esteja presente transforma a vida da pessoa em um verdadeiro inferno. Paz e saúde são imprescindíveis na vida. Essa constatação me fez lembrar de um episódio interessante que ocorreu comigo.

Certa vez, amigos e parentes compareceram à festa de meu aniversário e desejaram-me aquelas felicitações de praxe: felicidades, sorte, sucesso, muitos anos de vida, tudo de bom etc. No entanto, uma me chamou a atenção – um primo me disse, ao me entregar o presente, a seguinte frase: ‘Vou desejar-lhe apenas duas coisas: paz e saúde’

Pensei naquelas palavras e, rapidamente, emendei dizendo a ele que tinha razão ao me desejar “apenas” paz e saúde, pois duvido que alguém que esteja doente (especialmente se estiver acometido por uma enfermidade grave) consiga viver em paz ou, experimentando uma situação contínua de ausência de paz, não tem a saúde abalada.

Inclusive, há diversas pesquisas científicas que relacionam predisposição a certas doenças ao estresse crônico (indicativo de falta de paz); desde um resfriado comum até males mais graves, como o câncer, diabetes (principalmente se houver casos na família), hipertensão arterial, depressão, asma, psoríase, entre outros.

Pessoas que vivenciam um cotidiano bastante estressante durante um longo período têm o sistema imunológico comprometido, o que diminui a capacidade do organismo de combater células cancerosas, vírus e bactérias causadores de diversas enfermidades. Isso explica como o estresse crônico, leia-se falta de paz, abala a nossa saúde.

E, atualmente, a falta de paz é muito comum em alguns locais, como o ambiente de trabalho, por exemplo. Matéria publicada na revista Exame, em 08 de novembro de 2018, trouxe uma pesquisa que revelou que nove em cada 10 brasileiros no mundo do trabalho apresentam sintomas de ansiedade, do mais leve ao mais incapacitante. Nada menos do que quase metade (47%) sofre de algum nível de depressão, recorrente em 14% dos casos. Os dados são da ‘Internacional Stress Management Association’ (ISMA-BR), organização sem fins lucrativos dedicada ao tema

Demandas e jornadas excessivas, recompensas inadequadas, ameaças constantes de demissão, não se desligar das tarefas ligadas ao trabalho nos momentos de lazer, assédio moral realizado pelo chefe e também pelos colegas de trabalho (pois é, às vezes o chefe é legal e quem persegue e discrimina um trabalhador no serviço são os próprios colegas), são fatores que levam a pessoa a sintomas extremos de estresse em seu ambiente ocupacional.

Como se não bastasse, quem passa por essa experiência costuma levar os problemas do trabalho para casa, estendendo o seu sofrimento a um ambiente em que deveria reinar a tranquilidade, em um local de refúgio para as atribulações da vida lá fora. Os familiares sofrem junto com o trabalhador que passa por essa atribulação.

São muitas as situações que retiram a nossa paz, assim como também são incontáveis os motivos pelos quais a nossa saúde pode ser abalada. Esses dois fatores são complementares e interdependentes. Por isso, quando for felicitar algum amigo, basta desejar-lhe saúde e paz. Definitivamente! A pessoa pode até morar em uma casa bonita, ter na garagem um carro luxuoso, ser proprietário de uma bela casa na praia, conseguir um emprego dos sonhos, ser poderosa, ter influência política, constituir uma família linda, enfim, mas se não tiver saúde e paz, a felicidade será algo distante para ela

Por isso, desejo aos meus leitores e leitoras paz e saúde!

 

Carlos Eduardo Maia de Oliveira é Biólogo, Cirurgião-Dentista, Mestre em Microbiologia, Doutor em Geologia Regional, Professor EBTT no Instituto Federal de São Paulo – Campus Votuporanga
edumaiaoli@yahoo.com.br

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