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*Com informações do Jornal Folha de S.Paulo, “Jornal Global” El País, Portal UOL de Notícias e Agência Brasil

A Síria, neste momento, está coberta de sangue. Há mais de 7 anos é um cenário de guerra, mortes e sofrimento. O cheiro dos cadáveres em decomposição cobre o ar, misturando-se à poeira dos destroços causados pelas bombas. Desde março de 2011, quando milhares de sírios foram às ruas para pedir mudanças no regime de Bashar al-Assad e a libertação de presos pela ditadura, em meio à Primavera Árabe, que já havia passado por Tunísia, Egito, Líbia, Bahrein e Iêmen. No caso sírio, porém, as manifestações se transformaram em uma guerra civil com a participação indireta de diversas potências. (Leia mais Aqui).

Esta foto de uma menina síria, ainda anônima, chorando em meio à guerra, mas sorrindo, ou reunindo forças para tanto, está viralizando nas redes sociais

DIREITOS HUMANOS

Ontem, dia 10 de dezembro, comemorou-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos, data escolhida para celebrar e reivindicar a garantia dos direitos fundamentais da humanidade. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em 10 de dezembro de 1948. Abalados com as experiências das Guerras Mundiais anteriores, a Declaração Universal marcou a primeira ocasião em que os países chegaram a um acordo sobre uma declaração abrangente de direitos humanos inalienáveis, e essa comemoração ganhou o mundo em 1950, quando a ONU oficializou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, cujo principal preceito é que “a dignidade é inerente à pessoa humana e é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”.

Os direitos humanos são universais independentemente de cor, raça, credo, orientação política, sexual ou religiosa, incluindo direitos civis e políticos, como o direito à vida, à liberdade, liberdade de expressão e privacidade, bem como direitos econômicos, sociais e culturais, direito à segurança social, saúde e educação

Além de um período de comemoração, a data serve essencialmente para recordar a necessidade de lutar por ações concretas dos Estados e da sociedade no sentido de garantir os direitos civis, políticos, sociais e ambientais de toda a população mundial, e não apenas de algumas nações e indivíduos privilegiados.

Dia 10 de dezembro é o “Dia Internacional dos Direitos Humanos”

FOME NO IÊMEN

A ONU afirmou, também nesta segunda-feira (10), que 20 milhões de pessoas no Iêmen passam fome, um aumento de 15% em relação ao ano passado. O agravamento da crise fez com que, pela primeira vez, as Nações Unidas registrassem 250 mil iemenitas em situação catastrófica, que significa fome grave e morte.

O chefe de ajuda humanitária da ONU, Mark Lowcock, voltou recentemente de viagem ao país e disse a repórteres na sede da ONU que a situação no Iêmen sofreu “deterioração significativa e dramática”.

Há cinco níveis na escala global que mede a severidade e magnitude da fome e desnutrição. A mais severa, a quinta, é a chamada de catástrofe. No ano passado, nenhum iemenita estava nesta situação, já dessa vez, 250 mil estão sob risco de morte por falta de comida.

Lowcock disse ainda que 5 milhões de pessoas estão na fase 4, considerada emergencial. Esse grupo inclui moradores de 152 dos 333 distritos do Iêmen, uma alta em relação ao ano passado.

O país sofre há três anos com uma guerra que opõem rebeldes houthis e uma coalizão internacional liderada pela Arábia Saudita e com apoio dos EUA. Milhares de pessoas já morreram no conflito. A ONU classificou a situação no país como a maior crise humanitária da atualidade

Veja a matéria completa Aqui. (a galeria das fotos contém imagens chocantes)

Criança iemenita em hospital na província de Hajjah (Foto: Essa Ahmed – 19.set.18/AFP)

BRASILEIROS SEM MÉDICOS

Atenção básica à Saúde? Milhares de brasileiros não usufruem desse direito, que deveria ser universal. De acordo com o governo federal, apenas 28 profissionais se apresentaram pelo Mais Médicos em Alagoas. Todas as 128 vagas disponíveis foram preenchidas, mas nem todos os médicos se apresentaram e outros desistiram das vagas.

Jutaí e Juruá são remotas cidades do Amazonas que quase não atraíram inscrições de profissionais do Mais Médicos após Cuba deixar o programa. Há dois anos, Jutaí ficou conhecida nacionalmente depois que um médico improvisou uma garrafa pet no lugar de máscara de oxigênio em bebê internada.

E ainda não houve interessados em um “Dsei” – distrito indígena, no Médio Purus, também no Amazonas, e em municípios como Terra Santa, no Pará, Castanheiras, em Rondônia, e em outras diversas cidades, a maioria no Norte e Nordeste do país.

Em Fernandópolis, de acordo com informações colhidas pelo Revoluir na última quarta-feira (5), quatro vagas ainda não foram preenchidas após os seis médicos cubados deixarem a cidade

Matéria no El País apresenta o triste retrato de uma cidade para onde nenhum médico brasileiro quer ir. Sem conseguir atrair médicos para substituir cubanos, pacientes enfrentam longa viagem em estrada de terra para conseguir atendimento. E há uma única estrada que chega até a cidade de Guaribas, extremo sul do Piauí. Pelo menos 50 quilômetros de terra batida separam o município, pioneiro no programa Bolsa Família, há 15 anos, por ser à época o mais pobre do Brasil, da vizinha Caracol. A importância dos serviços públicos na área da Saúde, enfatiza a reportagem, é fundamental: 62% da população daquela comunidade dependem diretamente de uma média inferior a R$ 300,00 – são exatos R$ 282,00 -, que o governo federal transfere todo mês para os moradores cadastrados no Bolsa Família.

Por tudo isso, nosso desejo de um Feliz Natal saia engasgado, quase não saindo, de nossas bocas, e corações, igualmente ao sorriso da anônima menina síria ao tentar sorrir para a foto que muitos preferem não olhar

Em Guaribas, 62% dos moradores dependem diretamente do Bolsa Família (Foto: U. Dettmar – Agência Brasil)