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30 de outubro de 2019EXCLUSIVO: Júnior da Secol pode responder por peculato; compra de 40 lotes da Santa Casa a preço “77,5% menor ao de mercado”?
REVOLUIR COMPROVOU VALORES
Em fevereiro de 2011, Júnior da Secol, através de uma de suas empresas, a Secol Empreendimentos, braço da Secol Materiais de Construção, pagou R$ 6.750,00 por cada um do total de 40 lotes que comprou da Santa Casa, pouco tempo depois de deixar o cargo de provedor do hospital. Não respondia mais pela provedoria, mas Júnior da Secol continuava no quadro da diretoria, como membro conselheiro.
Apenas 7 meses depois desta negociação, em setembro de 2011, a mesma Secol Empreendimentos pagou R$ 30 mil em cada um de outros 4 lotes adquiridos diretamente do Loteamento Residencial Liana, no cruzamento das Ruas Norberto J. Martins e Rogério Prates da Fonseca. De acordo com corretores ouvidos pelo Revoluir, os terrenos vendidos pelo Loteamento Residencial Liana eram negociados “ao preço de mercado” em setembro de 2011.
VIZINHOS CONFIRMARAM QUE OS LOTES PERTENCEM À “SECOL”
Vários moradores próximos da área do Residencial Liana, com a garantia de sigilo de suas identidades, confirmaram que alguns serviços foram executados por funcionários da “Secol” à época, naqueles primeiros meses de 2011, como limpeza e terraplanagem.
Essa infraestrutura visava a construção de “predinhos” (nos moldes de moradias populares) ou quitinetes, apartamentos conjugados para alugar, principalmente a universitários.
DIFERENÇA GRITANTE
Os valores registrados nas duas aquisições investigadas pela Polícia Civil em inquérito da Operação Assepsia (veja detalhes logo abaixo) são desproporcionais, apontando uma diferença de 77,5% em cada investimento da Secol Empreendimentos. Pagou em lotes que teriam sido negociados “ao preço de mercado” R$ 23.250,00 a mais do que à Santa Casa, desequilíbrio de quase 4 vezes e meia.
Para Santa Casa, pagou R$ 270 mil por 40 lotes.
Exatamente 7 meses depois, pagou R$ 120 mil em apenas 4 lotes, ao lado dos lotes comprados da Santa Casa, em mesmo terreno.
E O ESTATUTO DA SANTA CASA? CRIME DE PECULATO?
Além da gritante diferença dos valores apurados pelo Revoluir, outro ponto chama a atenção e deve compor no decorrer das investigações uma possível denúncia de peculato contra Júnior Sequini: o fato de que ele, ex-provedor e então ocupando cargo de conselheiro da Irmandade Santa Casa de Fernandópolis, não poderia ter efetuado tais aquisições, o que desrespeitaria o Estatuto do hospital.
NA PRESIDÊNCIA DA AAMFER
Sequini assumiu a presidência da Associação de Amigos do Município de Fernandópolis no dia 13 de agosto deste ano. Logo após sua posse, Revoluir ouviu o empresário, que limitou-se a dizer que “fez tudo dentro da legalidade”.
Veja abaixo…
ENTENDA O CASO
O inquérito que investiga as negociações entre Júnior da Secol e Santa Casa, sem descartar demais envolvidos nas aquisições dos terrenos e imóveis pelo empresário, surgiu no âmbito da operação “Assepsia”, deflagrada pela Delegacia Seccional de Fernandópolis, com apoio do GOE – Grupo de Operações Especiais, em 16 de julho.
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