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Argentina conquista a Copa do Mundo pela terceira vez, Croácia é terceira colocada

Confira as análises do jornalista esportivo Claudio Rodante Neto, publicadas em artigos especiais aqui no Revoluir

Em uma final emocionante a Argentina venceu a França nos pênaltis por 4X2, depois de um empate de 3X3 sendo 2X2 no tempo normal e 1X1 na prorrogação, achei uma boa final, não ótima, como a maioria está falando, mas sem dúvida uma final eletrizante como se era previsto, emocionante, histórica e a palavra que pra mim define está final, é marcante, foi uma final marcante. 
A Argentina conquistou a sua terceira Copa, foi campeã em 78, conquistou seu segundo titulo em 86 e em um duelo de bicampeãs, foi tricampeã em 2.022, a França venceu em 98 e 2.018, a Argentina não venceu nenhuma das suas Copas na Europa, sem ser europeu só o Brasil fez isso em 58 na Suécia. A França teve a chance de repetir a Alemanha no Brasil em 2.014 e a Espanha em 2.010 na África do Sul e conquistar a sua primeira Copa do Mundo fora da Europa, não conseguiu.
Passando da curiosidade histórica para o jogo, o Scaloni foi muito bem, fez uma Copa ótima e sempre se adaptou aos adversários. Colocou o Di Maria na ponta-direita, normalmente ele joga na esquerda, justamente para junto com o avanço do Mac Allister confundir o Koundé na marcação, com o Tagliafico alargando o campo, o Dembélé várias vezes não conseguia ajudar, do outro lado o Mbappé em péssimo primeiro tempo com apenas cinco toques na bola, anulado pela marcação dupla de Molina e De Paul e não ajudava, não ajudou praticamente na Copa inteira a transição defensiva e o ponto fraco da França que é o lado esquerdo defensivo, o que deixava a equipe francesa desequilibrada, sendo superada nos dois corredores laterais a França não conseguiu jogar. Pois a equipe estava desencaixada na marcação, seja por Messi atrair dois marcadores, por Mbappé não voltar ou pelo Di Maria e Mac Allister confundir o Koundé na marcação no outro lado, as flutuações do Álvarez, que fez uma ótima partida e Copa e do Messi no entre-linhas também confundiu todo o sistema francês de defesa, a França pode até armar um esquema pro Mbappé não voltar, mas terá que ser com outros jogadores, o Messi não volta na Argentina. Mas De Paul e Molina ou Montiel marcam consideravelmente melhor que Rabiot e Theo Hernández, que fez uma péssima partida. Com está vantagem tática a Argentina dominou o primeiro tempo, no qual abriu 2X0, Deschamps corrigiu o erro aos 40 minutos do primeiro tempo, colocando Thuram na ponta-esquerda, Kolo Muani na ponta-direita e adiantou o Griezmann que fez uma final ruim e avançou também o Mbappé, que sem obrigação defensiva, foi melhorando o seu desempenho durante a final e passou a ser decisivo da segunda metade do segundo tempo em diante. 
O detalhe dos gols, o primeiro surge com até uma das poucas vezes que Dembelé conseguiu chegar para marcar o Di Maria, mas que bom que os atacantes ainda não marcam tão bem assim outros atacantes, abrindo espaço para o drible ser decisivo, em um drible do melhor jogador da final Di Maria sofre o pênalti, para mim foi pênalti este e todos os outros marcados durante a partida. Messi fez 1X0, no segundo gol um baile argentino na transição ofensiva, um golaço, o primeiro detalhe Upamecano domina mal a bola, a raça argentina se fez presente com Álvarez (sempre ele) encurtando o espaço para não deixar o francês jogar que se livrar da bola, na transição ofensiva a tradicional jogada “hermana” o toco e vou pra frente, o jogo apoiado, se você reparar, enquanto o mundo está acompanhando o genial dois toques de Lionel, Mac Allister está “batendo” na corrida Tchouméni, ele toca para Messi e já sai para ultrapassar o francês na corrida, Álvarez que já tinha ajudado na diminuição do espaço, recebi do gênio Messi e toca de primeira e clareia a jogada para Mac Allister, quando Tchouaméni é ultrapassado, Koundé tem que fazer a cobertura, Mac Allister percebe rapidamente e sem Koundé, Di Maria recebe livre do outro lado para fazer o golaço da final e naquele momento com 2X0, passando a sensação que o título estava encaminhado para Argentina. 
Mas o futebol não é o futebol apaixonante á toa, na segunda metade do segundo tempo, a França empata rapidamente, no primeiro gol, em uma falha no tempo da bola Otamendi é “batido” na corrida e Kolo Muani sofre o pênalti, Mbappé converte e diminui para 2×1, o segundo gol sai na sequência e é uma tabela entre Mbappé e Thuram, com uma finalização espetacular do craque francês. Esse gol mostra como o jogo varia rápido o “heroismo” e o “vilanismo” Messi perdeu a bola para Coman no início da jogada e Martínez, apesar de ser uma finalização espetacular, toca na bola com a mão toda, o que pra mim torna a bola por mais que fosse muito difícil de defender, uma bola defensável, o jogo estava 2X2, mas os heróis e os vilões mudam rapidamente no futebol, nos esportes e na vida. No final do tempo normal, em outra boa jogada de Coman, Rabiot finaliza e Martínez defende e do outro lado Messi chuta e Llorris faz uma boa defesa. 
Na prorrogação, um começo morno e um final espetacular, Montiel, que também entrou na galeria herói ou vilão, quase fez o golaço da Copa em um chute sem pelo que iria ser um gol antológico, ainda mais espetacular que o gol de Pavard neste mesmo confronto na Copa de 2.018, Varane salvou, o mesmo Varane falha ao não “combater” Lautaro no terceiro gol argentino, uma ótima triangulação entre Lautaro, Messi e Enzo Fernández. Pra mim, Lloris falha no posicionamento e apesar de fazer uma ótima defesa, devido ao posicionamento equivocado, a bola sobra para Messi fazer o 3X2 o que seria um desfecho espetacular para a final, mas Mbappé estava iluminado na reta final do jogo. Em um chute do craque francês a bola bateu na mão do quase herói Montiel e agora vilão e Mbappé fez novamente de pênalti o seu terceiro gol na final. Ainda tivemos a defesa mais importante da história das Copas, sim, Martínez fez uma defesa de futsal em um lance que poderia ter dado a França o seu terceiro título. Koundé fez um lançamento espetacular e Kolo Muani “encheu” o pé, em uma bola que se poderia fazer o gol de “chapa” e mesmo saindo uma boa finalização, o goleiro argentino colocou o pé e defendeu, na maior defesa por tudo que envolveu da história das Copas, antes do apito final, Lautaro ainda perdeu uma cabeçada, livre, no último lance desta eletrizante final.
Nas penalidades, Mbappé fez 1X0, Messi empatou, Coman o herói que virou vilão bateu e Martínez, decisivo na Copa, defendeu, Dybala fez 2X1, Tchouaméni chutou para fora, Paredes fez 3X1 e encaminhou o título Argentino, Kolo Muani que perdeu o gol do título fez o segundo gol francês, 3X2 Argentina e Montiel, aquele mesmo que quase fez o golaço da Copa, depois fez o pênalti que no final da prorrogação levou para os pênaltis e coube a ele bater o pênalti, fazer 4X2 e dar pra Argentina o seu terceiro título. Uma final eletrizante, emocionante e marcante.
Quanto a disputa do terceiro lugar, a Croácia venceu o Marrocos por 2X1, com gols de Gvardiol em uma jogada ensaiada na bola parada espetacular e a seleção marroquina, a sensação da Copa, empatou logo depois com Dari, também de bola parada, antes dos 15 minutos já estava 1X1, Oršíc fez um golaço e após gols perdidos por En-Nesyri de Marrocos, a Croácia ganhou e terminou na terceira colocação na Copa e Marracos em quarto. 
Uma curiosidade é que as quatro seleções foram recebidas com festa em seus países, Argentina, França, Croácia e Marrocos. A coluna voltará ainda essa semana com, as últimas duas colunas desta Copa, uma sobre a seleção brasileira na Copa e outra com um resumo geral, curiosidades e reflexões sobre a Copa do Mundo no Catar. 

Claudio Rodante Neto é formado em Comunicação Social/Jornalismo

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