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França ou Argentina, Mbappé ou Messi, só uma seleção será tricampeã da Copa no Catar

Confira as análises do jornalista esportivo Claudio Rodante Neto, publicadas em artigos especiais aqui no Revoluir

As semifinais foram definidas confirmando o favoritismo das duas seleções bicampeãs do mundo, ao meio-dia no Domingo, a aguardada final da Copa será disputada entre França X Argentina, no Sábado, também ao meio-dia será disputado o terceiro lugar entre Marrocos X Croácia, este jogo promete ser emocionante, com gols e com as seleções abatidas, mas “leves” devem proporcionar um jogo tático, com raça e divertido para se ver.
Na primeira Semifinal, a Argentina venceu a Croácia por 3×0, a seleção sul-americana não joga com pontas, o que “congestionou” o meio-campo e dificultou a partida da Croácia, com o decisivo Álvarez marcando o meio-campista que saísse com a bola da seleção Croata, assim garantindo uma tranquilidade para o meio-campo e defesa argentinos, mesmo assim, a Croácia chegou a dominar as ações no meio do primeiro tempo, justamente quando toma o gol, em uma bola que foi um escanteio, o juiz erradamente deu o tiro de meta, a Croácia desatenta não “encaixou” a marcação e o Enzo Fernández que está fazendo uma ótima Copa, deu uma bola espetacular para o Álvarez sofrer o pênalti, convertido por Messi, este lance não está no protocolo, mas no futuro deveria ser anulado, porque influi diretamente no andamento da partida e é um escanteio claro. Falando em escanteio, o segundo gol sai em uma transição ofensiva da Argentina, a partir de um escanteio Croata. Em um bate-rebate com a defesa da carrasca da seleção brasileira, Álvarez, que também faz uma ótima Copa, faz o segundo gol, o terceiro gol, também dele, veio em uma assistência com uma jogada espetacular do gênio Lionel Messi driblando o zagueiro croata Gvardiol, que faz uma ótima Copa. E a Argentina está na sua sexta final da Copa na história, derrotando a resiliente Croácia que tentará pela terceira vez, chegar ao pódio da Copa. Foi terceira em 98, vice-campeã em 018 e disputará o terceiro lugar. A Argentina buscará o seu terceiro título em Copas, na sua sexta final, faz 36 anos e meio que a Argentina não conquista uma Copa do Mundo.
Na segunda Semifinal, a França derrotou o Marrocos por 2×0, com o gol de Theo Hernández no início a França que tem o melhor repertório da Copa, mudou o jogo já no seu começo, o Marrocos entrou com uma linha de 5, para fechar os corredores laterais dos pontas velozes franceses, o que deu certo, mas no futebol se fecha uma “janela” e se abre outra, com a linha de 5 a seleção Marroquina acabou descaterizando o seu competitivo 4-1-4-1 que tanto incomodou os ataques das seleções europeias nessa Copa, é o que eu chamo de “efeito Mbappé”, mesmo quando não aparece tanto pelas jogadas ele e o Messi são um dos poucos jogadores que fazem o adversário mudar o esquema do jogo. E foi justamente nessa mudança que sai o primeiro gol da França, com o genial em Copas Griezmann atraindo o seu marcador para o espaço entre-linhas, sem o 4-1-4-1, sem o primeiro 1 do esquema, o primeiro volante Rabat que faz uma excelente Copa neste espaço, o zagueiro que estiver marcando quem receber a bola no entre-linhas terá que sair pra “caçar” deixando um espaço na linha defensiva, justamente este espaço que o Griezmann aproveita, fingindo que vai receber no entre-linhas e atacando o espaço da linha “quebrada” do Marrocos, para dar o passe para o meio da área, que depois terminou no primeiro gol francês. Com o placar aberto, a França não se incomodou em se defender e usar o contra-ataque também pelos pontas velozes que tem, Mbappé e Dembelé. E a contusão do zagueiro Saiss e a entrada do meio-campista Amallah fez o Marrocos voltar ao 4-1-4-1 competitivo, jogar bem e criar as chances para o empate, mas o “poder de fogo” das estrelas franceses é impressionante, e está com a famosa “sorte” de campeã, além de não tomar o gol e se sentir “confortável” defendendo, em uma excelente jogada do craque Mbappé a França fez o segundo gol com Kolo e foi para a sua quarta final na história e nas últimas sete Copas. Um desempenho e resultado para minha geração, espetacular. A França buscará o terceiro título em Copas, o segundo seguido, para igualar o bicampeonato da Itália em 34 e 38 e do Brasil em 58 e 62 com Pelé, Garrincha e companhia. O Marrocos tentará o seu primeiro pódio em Copas, é a sensação da Copa no Catar, a torcida marroquina e a atmosfera da disputa pelo terceiro lugar será espetacular.
A Coluna falará da final e do terceiro lugar na semana que vem, terá uma especial só da seleção brasileira e uma especial da Copa como um todo. Todas as três colunas serão na semana que vem. Infelizmente chegará ao fim mais uma Copa do Mundo. A final promete ser “eletrizante”, Scaloni tem “espelhado” muitas decisões de outros treinadores contra os seus adversários, Southgate usou Saka e Handerson para incomodar e incomodou o lado esquerdo da defesa francesa, pela lenta recomposição de Rabiot e não recomposição de Mbappé, muitas vezes se criam espaços e até a tão procurada superioridade numérica por ali, com Messi e De Paul, Di Maria também, se entrar nesta final, a Argentina sabe o “caminho do mapa” para a sua terceira Copa ser conquistada. A França inclusive nos minutos finais “estancou a ferida” colocando Thuram na ponta-esquerda, que ajuda e volta para marcar e tirando Giroud e colocando Mbappé de centro-avante, alteração que deve se repetir se a França estiver vencendo a final, para a França não tem o “caminho do mapa” é uma seleção superior a Argentina, que se contar com a genialidade em Copas que tem Griezmann, as jogadas em velocidade de Mbappé, dribles de Dembélé, eficácia para fazer o gol de Giroud e uma ótima partida do coletivo, tem tudo para fazer a festa no Catar e a França conquistar a sua terceira Copa do Mundo. A artilharia e o prêmio de melhor jogador da Copa está entre Mbappé e Messi ambos com 5 gols, a artilharia pode ser dos também finalistas Giroud e Álvarez com 4 gols, o prêmio de melhor da Copa deverá ser da estrela campeã, Mbappé ou Messi. A França é a favorita, a Argentina tem a sua torcida, o gênio Lionel Messi e uma ótima equipe para proporcionar uma grande disputa pelo título, que seja um excelente jogo para nós, os eternos amantes do futebol e chegou a hora de assistir ao “último capítulo” desta Copa, que assim como todas as outras, deixará saudades em todos nós. 

 

Claudio Rodante Neto é formado em Comunicação Social/Jornalismo

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