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Polícia Civil e MP engatilham ação contra carreata: “Se insistirem, serão responsabilizados”, declara Canato

Carreata dos "patrões" gerou investigação na Delegacia Seccional de Fernandópolis

Os idealizadores, organizadores e participantes da carreata contra o isolamento social realizada na última sexta-feira (27/3), após divulgação e convocação em uma página no Facebook chamada “Direita Fernandópolis”, estão, todos, identificados pela Polícia Civil e Ministério Público local.
“Se houver uma nova manifestação eles responderão pelos crimes previstos no Código Penal. Já entrei em contato com o MP e esse grupo não pode causar alarde junto à população, com incitação ao crime inclusive”, disse o delegado que atua na Seccional de Polícia, Dr. Ailton Canato.
Os crimes elencado por Canato estão previstos no Código Penal: artigo 268 – “Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa: Pena – detenção, de um mês a um ano, e multa. Parágrafo único – A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro”; e artigo 330 – Desobedecer a ordem legal de funcionário público (Desacato): Pena – detenção, de quinze dias a seis meses, e multa”.
Na página mantida pelo grupo de direita no Facebook havia uma ameaça direta ao prefeito André Pessuto: “Sr. prefeito André Pessuto, estaremos aguardando uma nota oficial de que nossos comerciantes possa voltar a trabalhar (sic) (…) Caso isso não seja feito. Vamos organizar uma carreata e o Sr vai conhecer a vontade do povo (sic)”.
Além da ameaça ao chefe do Executivo Municipal, que baixou vários decretos com determinações relacionadas ao controle do Coronavírus (Covid-19) na cidade, o grupo se mostra como paladino da justiça, fala em nome do “povo” e, após a carreata, em nova postagem, faz uma outra ameaça, dessa vez contra a imprensa: “(…) Notícias sem apuração nenhuma, não fomos contactados por nenhum deles, e vão ter que se responsabilizar sobre suas postagens e fake news”.
Mirando para órgãos de imprensa, sem identificar nenhum, alega que estes teriam se utilizado de Fake News, também sem identificar nenhuma, numa revolta infundada contra o registro de um ato irresponsável que promoveram.
Manifestações semelhantes foram proibidas ou sofreram sanções Brasil afora, justamente porque afrontam todas as orientações de controle do Coronavírus (Covid-19).
Conforme consta em matérias publicadas no Revoluir (reveja as três logo abaixo), o que poderia virar caso de polícia, virou. Uma investigação preliminar foi encaminhada e há um contínuo monitoramento quanto a possíveis ações dos líderes desse “grupo de direita”, como se apresentam nas redes sociais, sem mostrar publicamente quem são.

 

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