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Operação “Hígia” complementa “Assepsia”; R$ 30 milhões dos bens de investigados estão bloqueados

Delegacia Seccional de Polícia de Fernandópolis investiga possíveis crimes cometidos na Santa Casa

A Polícia Civil de Fernandópolis, por meio da Delegacia Seccional e seu ‘centro de inteligência policial’, deflagrou na última segunda-feira (17), a Operação “Hígia” (Deusa da Saúde), um desdobramento da Operação “Assepsia”, que apura fraudes e ilicitudes praticadas na Santa Casa de Fernandópolis. (veja mais AQUI)

Deflagrada em julho de 2019, a “Assepsia” cumpriu mandados de buscas e apreensões nas sedes da Santa Casa, IaCor e Unimed de Fernandópolis.

As investigações tiveram início em abril de 2018, após denúncia de irregularidades na administração da Santa Casa feita pelo vereador Murilo Jacob.

 

SEMANA MOVIMENTADA

No âmbito da Operação Hígia, foram cumpridos, nesta segunda, trinta e um mandados de busca e apreensão, além de treze mandados de prisão temporária (de 5 dias, podendo ser prorrogada por mais 5 dias, sem descartar pedidos de prisões preventivas).

Farto material foi apreendido: documentos e computadores passarão por perícia

Um investigado é considerado foragido, mas, de acordo com informações checadas pelo Revoluir, já teria se comprometido, através de seu advogado, a se apresentar à Polícia Civil de Fernandópolis assim que “retornar de uma viagem”.

Entre os presos, quatro são de Fernandópolis: Luís Aiélo (ex-secretário de Recursos Humanos da Prefeitura, exonerado após sua prisão), Edilberto Sartin, João Tarlau (trio de conselheiros da Santa Casa) e Gilmar Gimenes, ex-deputado estadual pelo PSDB.

Aiélo, Sartin e Tarlau foram colocados em liberdade ao fim dos 5 dias de prisão temporária expedida pelo juiz Vinicius Castrequini, da 2ª Vara Criminal de Fernandópolis.

Foram presos também integrantes da cúpula da Organização Social de Saúde (OSS) de Andradina: o advogado Fábio Obici, presidente da OSS, detido em Andradina, e o ex-provedor da Santa Casa de Fernandópolis, Fernando Zanqui, ex-policial militar, que se apresentou no 1º DP de Fernandópolis na presença de um advogado.

Advogado Fábio Obici, presidente da OSS de Andradina

 

Fernando Zanqui, também da OSS de Andradina; é ex-policial militar e figurou como provedor da Santa Casa

A OSS de Andradina assumiu a administração do hospital local em 2017, depois, tornou-se administradora do AME e do Lucy Montoro na cidade, segundo as investigações, objetivo principal da “organização criminosa”.

 

FRAUDES EM LICITAÇÕES: “HÁ INDÍCIOS DE CRIMES”

Durante as investigações foram identificados indícios de fraudes em processos licitatórios para aquisição de insumos e outros serviços. Os indícios também levaram a identificação de uma possível organização criminosa que atua na administração de unidades do AME e Lucy Montoro.

Policiais Civis de Votuporanga, Fernandópolis, Jales, Andradina e Araçatuba foram destacados para a operação policial que, inicialmente, realizou a prisão de nove pessoas (5 em Fernandópolis, 2 em Andradina e 2 em Araçatuba).

Entre os cinco presos em Fernandópolis está a esposa de Fernando Zanqui, a gerente administrativa do AME, Gláucia Basaglia Zanqui, que teve prisão domiciliar decretada por ter um filho de um ano.

Gláucia Basglia é investigada por suposta autoria de fraudes em licitações.

Outras quatro pessoas se apresentaram no 1º DP na tarde da última segunda-feira.

 

ACUSAÇÕES

Os três conselheiros da Santa Casa de Misericórdia de Fernandópolis, Aiélo, Sartin e Tarlau, são acusados de se omitirem de forma dolosa diante dos desmandos praticados pela organização enquanto responsável pela direção do hospital.

Doze investigados presos foram levados para a Cadeia Pública de Guarani d’Oeste e todos os quatorze envolvidos serão indiciados por peculato, fraude em licitações, falsidade ideológica, homicídio doloso, aborto e organização criminosa.

Ao todo, cerca de R$ 30 milhões dos bens em nome dos investigados – dinheiro em conta, imóveis e veículos -, foram bloqueados pela Justiça.

 

INTERVENÇÃO NA SANTA CASA

A Santa Casa, em Nota Oficial emitida na noite desta sexta-feira (21), assegura que a Delegacia Seccional de Polícia de Fernandópolis, através das Operações “Assepsia e Hígia”, atua “em defesa” do hospital, confirma o nome de seu “administrador judicial” e garante que “os atendimentos continuam normalmente”. Confira:

A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Fernandópolis vem, por meio desta, informar à população que a operação ‘Hígia’, deflagrada na última segunda-feira, foi realizada em favor da Santa Casa e não contra a instituição, sendo que não fomos alvo das ações da Polícia Civil. Esclarecemos também que foi decretada intervenção judicial, nomeando o atual provedor, Marcus Vinicius Paço Chaer, como administrador judicial e que tal fato não interfere na prestação de serviços e atendimentos hospitalares, que continuam sendo realizados normalmente

 

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