O Brasil sem o Nordeste

O país sem o Nordeste seria menos literário e poético sem a genialidade de Ariano, sem os poemas de Castro Alves, os livros de Rachel de Queiroz, Graciliano, José de Alencar e a poesia de Ferreira Gullar. É tanto gênio nordestino que cometo desatino ao não citar todos.

O Brasil sem o Nordeste seria menos musical e muito pior sem a rainha Ivete, sem Belquior, sem Dominguinhos, Sivuca, Raul, sem Gonzagão, o rei do Baião. É tanto talento nordestino que cometo desatino ao não citar todos.

O país sem o Nordeste não teria graça sem Chico Anysio, sem Canarinho da Praça, Tom Cavalcanti e sua imitação, sem Didi, o nosso Renato Aragão. É tanto humorista nordestino que cometo desatino ao não citar todos.

O Brasil sem o Nordeste seria menos religioso sem Irmã Dulce, Dom Hélder e a fé de seu povo, sem aquele com a sua pregação, o padre Cícero Romão. É tanto santo nordestino que cometo desatino ao não citar todos.

O país sem o Nordeste perde parte de suas belezas naturais sem as suas praias magníficas, sem a Chapada Diamantina e a do Araripe com seus fósseis sobrenaturais. É tanto monumento nordestino que cometo desatino ao não citar todos.

O Brasil sem o Nordeste só é melhor na cabeça do preconceituoso que, com o seu olhar maldoso, não sabe o que fala, até que um dia, a verdade o cala. São tantas injustiças contra nosso irmão nordestino que cometo desatino ao não citar todas.

O Brasil sem o Nordeste não seria inteiro! O Brasil sem qualquer uma de suas regiões seria menos brasileiro.

Carlos Eduardo Maia de Oliveira é Biólogo, Cirurgião-Dentista, Mestre em Microbiologia, Doutor em Geologia Regional, Professor EBTT no Instituto Federal de São Paulo – Campus Votuporanga
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