Laranja Çolar
10 de abril de 2019
Santos merecia a vaga na final, assim como seu presidente merece ouvir: “Morreu pela boca”
10 de abril de 2019

Jogou melhor, merecia vencer e venceu, mas e o pênalti no Ramiro, e a agressão no Boselli?

Santos conseguiu devolver a derrota sofrida em Itaquera, mas parou na trave

Como todos sabem, um mata-mata é um jogo de 180 minutos. Na Arena de Itaquera, o Santos foi derrotado por 2 x 1, em partida equilibrada na qual os 3 gols saíram ou de bola parada ou de falhas individuais. O gol do Santos teve esses dois ingredientes. Dois saíram em cobranças de falta e escanteio: de falta e gol de Manoel, para o Timão, e de escanteio, com falha de Cássio, e gol de Derlis González, para o Peixe.

O segundo gol do Corinthians foi de Clayson, após falha dupla, foram duas cabeçadas sem noção para o alto, do zagueirão Luiz Felipe. Sim, o Peixe foi até a casa do adversário e jogou bola, mesmo num jogo truncado e com superioridade corinthiana, levando-se em conta as chances reais de gols.

O Santos deixa a competição com o melhor ataque, foram 23 gols marcados. E ao ataque foi o Peixe no segundo jogo. Só deu Santos. Foram 22 chutes a gol (contra 3 do Corinthians), 68% de posse de bola, 14 escanteios a favor e nenhum contra, e 382 passes certos. O time de Jorge Sampaoli, realmente, fez uma grande partida, tanto que os torcedores aprovaram a atuação da equipe mesmo com a derrota. O Pacaembu estava lotado, com 37.731 santistas, para uma renda de quase R$ 1,5 milhão. O Santos saiu aplaudido de campo

Valeu o ditado: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. O Peixe martelou, amassou o Corinthians o jogo todo. Chegou ao gol da vitória no fim, aos 40 minutos do segundo tempo, com Gustavo Henrique, de cabeça, aproveitando cruzamento na medida de Victor Ferraz. O 1 x 0, que igualou o placar agregado em 2 x 2, levou a decisão para as penalidades.

Zagueiro Gustavo Henrique comemora seu gol (Foto: Marcello Zambrana/AGIF/Estadão)

Vanderlei defendeu a primeira cobrança da disputa Da marca da cal, de Boselli. Só que Kaio Jorge e Victor Ferraz erram suas batidas. O primeiro acertou o travessão, e o segundo o pé da trave direita de Cássio. O Timão foi mais eficiente, bateu 8 e converteu 7 penalidades. Placar nos pênaltis: 7 x 6 para o Corinthians. Que está classificado e vai buscar o tri estadual.

 

Zagueiro Gustavo Henrique decepcionado com a derrota nos pênaltis (Foto: Marcello Zambrana/AGIF)

 

Conquista que o Santos alcançou recentemente, ao ser Campeão Paulista, consecutivamente, em 2010, 2011 e 2012. E o Peixe ainda tem dois bicampeonatos, também muito recentes, em 2006 e 2007, e 2015 e 2016. Neste século, o Santos, que levantou a taça 22 vezes na história do Campeonato Paulista, é o maior campeão, com 7 títulos. Outra marca histórica: disputou 8 finais seguidas, entre 2009 e 2016

 

O OUTRO LADO

O Corinthians só se defendeu. Mesmo que para isso, no limite negativo de uma proposta de jogo, Carille tenha seus méritos, como aponta o jornalista do Globo.com, Bruno Cassucci, nesta matéria.

Enfrentando um time empurrado pela torcida, que dominava as ações em busca de pelo menos um gol, o Corinthians fazia o Santos esbarrar num paredão de jogadores que impedia a transição das jogadas do time praiano.

Quando clareava para o arremate ao gol, outro paredão surgia: Cássio. É verdade que o melhor ataque do Paulistão 2019 não concluía com perfeição, o que ajudou, e muito, a vida do goleiro corinthiano.

Uma das várias defesas do goleirão Cássio (Foto: Marcello Zambrana/AGIF)

Vale lembrar que logo aos 15 segundos de partida, Alison recebia cartão amarelo por entrada dura, se tivesse recebido o vermelho não seria exagero, em Pedrinho. O garoto do “terrão”, após o cartão de visitas, sumiria do jogo.

Pedrinho levou uma entrada dura aos 15 segundos de partida, e cartão amarelo ficou barato para Alison, volante do Santos (Foto: Marcello Zambrana/AGIF)

Outros dois lances também merecem registro. Ambos no segundo tempo. Ramiro entrou no lugar de Clayson, ofuscado pela excelente partida de Victor Ferraz, que não perdeu uma para o atacante corinthiano. Aos 21 minutos, Ramiro recebeu pela direita do ataque, disputou a bola com o lateral-esquerdo Pituca e invadiu a área. Os dois disputam espaço com o corpo, braços de ambos tentando desvencilhar a marcação, mas Pituca, por trás, chuta a perna direita de Ramiro. Falta dentro da área. Mesmo com o VAR acionado, nada foi marcado.

Se essas imagens não são suficientes, acesse o site Meu Timão e confira os vídeos (Fotos: Reprodução da TV)

No outro, que também teve o VAR em ação, movimentação na área do Corinthians, jogadores disputando espaço à espera da cobrança de um escanteio pela esquerda. Boselli, que acabava de entrar naquele momento substituindo Gustagol, eram jogados 43 minutos daquele segundo tempo, leva uma joelhada de Aguilar, por trás, num lance em que a bola ainda estava parada. Agressão sem bola. Mais uma vez, os analistas do VAR não apontaram o que as imagens não mentem.

Se o lance do pênalti pode ser apontado por alguns comentaristas como “interpretativo”, a agressão sofrida por Boselli é clara, e foi flagrada pelas câmeras, inclusive as do VAR, que se limitou a determinar ao árbitro: segue o jogo! (Fotos: Reprodução da TV)

 

E cadê os vídeos? Clique aqui e confira matéria no site Meu Timão onde os lances estão disponíveis para que você tire suas próprias conclusões.

 

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