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Existe vida fora do planeta Terra?

Professor "Cadu" é Biólogo, Cirurgião-Dentista, Mestre em Microbiologia, Doutor em Geologia Regional, Professor EBTT no Instituto Federal de São Paulo - Campus Votuporanga

Será que existe vida extraterrestre? Quem nunca fez esta pergunta? Certamente é um questionamento que mexe com a imaginação, afinal de contas, como disse um dia o genial cientista Carl Sagan – “Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício no espaço”.
Neste artigo, não abordei supostos relatos de avistamentos de OVNIS (Objetos Voadores Não Identificados), os famosos “discos voadores” e seus igualmente supostos tripulantes extraterrestres. Também excluí crenças espirituais ou algo do gênero. Foquei nas últimas descobertas da Astronomia (ciência que estuda os corpos celestes).
Levei em consideração o seguinte fato: um dia a vida surgiu na Terra, por isso é razoável imaginar que as condições que levaram ao surgimento dos seres vivos por aqui possam existir em outro planeta parecido com o nosso (como a presença de água no estado líquido em sua superfície, campo magnético, atmosfera, dentre outras). Isso nos leva a duas perguntas – quantos planetas existem no espaço? E quantos são parecidos com a Terra?
“A conta não é unânime, mas os números são astronômicos”, destacou Sandra dos Anjos, professora do Departamento de Astronomia da Universidade de São Paulo (USP) em artigo publicado no “site” Universo on-line (UOL), em 15 de outubro de 2022 (portanto, bem recente).
Seu texto foi baseado em um estudo científico publicado por astrofísicos da prestigiada Universidade de Harvard, Estados Unidos, e também em informações da Agência Espacial Norte Americana (NASA).
Calculam-se que existam (deixa eu respirar um pouco antes de falar o número) cerca de 17 bilhões de planetas apenas na Via Láctea (a nossa galáxia). Para se ter uma ideia, estimam-se que há cerca de 100 bilhões de galáxias no universo que não para de expandir (e ele vem fazendo isso há mais de 13 bilhões de anos). Ufa! É difícil até de imaginar a quantidade literalmente astronômica de planetas existentes no espaço sideral.
No entanto, identificados até o momento, foram “apenas” 5 mil planetas fora do nosso sistema solar (chamados de exoplanetas) – número divulgado pela NASA no dia 22 de março de 2022. Incluem nesta lista planetas rochosos como a Terra e gasosos como Júpiter.
Parecidos com a Terra foram descobertos 206 planetas dos quais 159 são “superterras” (aqueles que possuem massa maior do que a Terra) e 47 são terrestres (possuem a superfície sólida como a Terra e Marte).
Infelizmente, esses 206 planetas ainda não mostraram sinais de vida e em muitos deles esta hipótese já foi descartada.
Destaca-se que não é fácil descobrir planetas, pois diferentemente de estrelas, eles não possuem luz própria e costumam ser pequenos em relação a estes corpos celestes iluminados.
De acordo com a astrônoma Sandra dos Anjos é preciso ter sorte para descobrir planetas. “Normalmente os descobertos são grandes e estão bem perto de estrelas que orbitam”.Como os astrônomos descobrem os planetas? A resposta:

Quando os modernos e poderosos telescópios observam uma estrela e surge um ponto negro que ‘caminha’ pela imagem, isso indica que um planeta pode estar passando entre a estrela e o telescópio. Também é possível perceber a perturbação da órbita de um astro devido a presença de outro, sem que este seja visualmente detectado na imagem produzida pelo telescópio

Mas e daí? Existe ou não vida em outro planeta? O leitor deve estar se perguntando. Bom! Vou reproduzir a fala do astrônomo polonês Aleksander Wolszczan, o primeiro cientista a descobrir os exoplanetas:

É inevitável que encontremos algum tipo de vida em algum lugar, nem que seja vida primitiva. A estreita conexão entre a química da vida na Terra e a química encontrada em todo o universo, bem como a detecção generalizada de moléculas orgânicas (estas são encontradas nos seres vivos), sugere que é uma questão de tempo encontrar algum tipo de vida extraterrestre um dia

Acredito que todos concordam que mais interessante que encontrar vida extraterrestre primitiva um dia seria encontrar vida inteligente fora da Terra. Neste caso, acredito que este tipo de vida é muito, mas muito mais rara de se encontrar no universo. Além do que, uma civilização inteligente pode estar em um planeta tão distante, mas tão distante do nosso, que essa distância inimaginável pode ser uma barreira quase intransponível para mantermos algum tipo de contato.
Portanto, nós, seres humanos, autoproclamados de vida inteligente (às vezes não tão inteligente assim), talvez sejamos a raridade da raridade neste universo tão vasto. Por isso, além de espreitarmos o espaço sideral a procura de outros planetas e detectarmos se há ou não vida neles, deveríamos cuidar melhor do nosso planeta, a única “casa espacial” habitável conhecida até o presente momento. A vida por aqui agradecerá!

Carlos Eduardo Maia de Oliveira é Biólogo, Cirurgião-Dentista, Mestre em Microbiologia, Doutor em Geologia Regional, Professor EBTT no Instituto Federal de São Paulo – Campus Votuporanga / Email: edumaiaoli@yahoo.com.br

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