Neutro: André Pessuto decide não declarar apoio nem a Lula e Haddad, nem a Bolsonaro e Tarcísio
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Dois ex-candidatos a prefeito revelam apoio no 2º turno: Colombano mantém posição; Henri Dias ‘muda de lado’

“Acabei de anunciar o apoio do Solidariedade a Fernando Haddad para o governo de São Paulo. Também reitero que continuamos ao lado de Lula para elegê-lo presidente do Brasil”, é a mensagem publicada nesta quinta-feira (6) no perfil oficial de Paulinho da Força no Twitter. Presidente nacional do Solidariedade, ele é também atual presidente da Força Sindical, uma organização de sindicato de trabalhadores fundada em 1991 por Luiz Medeiros. Paulinho da Força não conseguiu se reeleger como deputado federal este ano para o que seria seu quinto mandato consecutivo

Depois do posicionamento de André Pessuto (União), que se manterá neutro neste segundo turno, (veja aqui)  Revoluir ouviu os dois adversários derrotados na eleição municipal quando disputaram a prefeitura de Fernandópolis em 2020: Renato Colombano (PSD) e Henri Dias (Solidariedade).
Colombano confirmou que manterá neste segundo turno seu apoio, irrestrito, como enfatizou, a Tarcísio e Bolsonaro, seguindo a posição inicial durante a campanha.
Já Henri Dias mudou de lado. Filiado ao Solidariedade, o advogado assegura que seguiu as orientações do partido em apoio a Lula para presidente e Rodrigo Garcia para governador de São Paulo no primeiro turno.
Agora, apesar do Solidariedade decidir reforçar o apoio a Lula e apoiar Haddad para governador, Henri Dias optou por uma “decisão pessoal”, deixando de lado qualquer relação com a fidelidade partidária que diz ter mantido até dia 2 de outubro.
“Vamos de Tarcísio e Bolsonaro”, disse Dias em contato pelo WhatsApp nesta sexta (7), após dizer, na quinta-feira, que estava aguardando decisão do partido.
Questionado se o fato de contrariar a própria sigla partidária seria uma indicação de que estaria deixando o Solidariedade, negou.
“Não tem nenhuma indicação nesse sentido, estou muito confortável no Solidariedade, onde fui muito bem recebido. É uma decisão pessoal, não tenho ingerência na direção do partido e isso é algo muito natural”.
Sobre uma futura cobrança do partido, vinda das esferas estadual ou nacional, disse que seu foco é a campanha.
“Não acredito em advertência ou punição, o Solidariedade é um partido muito tranquilo, vamos arregaçar as mangas para cuidar do futuro do partido, isso é o que de fato importa.”
Dias também negou que tenha ido ao comitê do Partido dos Trabalhadores, que também acolheu outros partidos de esquerda em Fernandópolis nesta campanha, para pegar material de Lula ou deixar alguns santinhos seus.
A reportagem recebeu informações que dizem o contrário. Henri Dias teria ido ao comitê do PT. Outra informação que chegou ao Revoluir indica que o advogado, que concorreu a um cargo de deputado federal, consultou os responsáveis pelo comitê com a proposta de deixar material de sua candidatura juntamente com o de diversos candidatos do PT e de partidos de esquerda no local, o que teria sido negado pelo fato de não haver, nos santinhos de Dias, indicação de seu apoio a Lula.
“Nunca apoiei o Haddad, o partido estava com o Rodrigo no primeiro turno. Não fui e não sei nem onde era o comitê do PT e também nunca busquei material de Lula e Haddad nesse comitê. Pelo contrário, tínhamos material com o Lula e esse material foi distribuído naturalmente. No primeiro turno era uma eleição, agora é outra. Acho que o que chegou até você não corresponde à verdade”, concluiu.
UMA MIGRAÇÃO NATURAL E DUAS TROCAS DE PARTIDO
Vale lembrar que os três políticos consultados pelo Revoluir não estão mais em seus partidos pelos quais disputaram a eleição municipal de 2020: atual prefeito reeleito André Pessuto não mudou de partido, acompanhou a fusão do DEM com o PSL e está filiado ao União Brasil. Os outros dois, sim: Renato Colombano deixou o Republicanos e está no PSD; Henri Dias saiu do PTB para se filiar ao Solidariedade.
Concorrendo a deputado estadual neste ano, Renato Colombano obteve 2.937 votos na cidade. Henri Dias, que buscava uma vaga de deputado federal, alcançou 2.030 votos em Fernandópolis.
Em 2020, na disputa ao cargo de prefeito, Dias teve 11.835 votos e Colombano ficou com 3.891 votos.

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