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EXCLUSIVO: Esposa declara que médico foi “coagido” a fazer cirurgia para retirada de bala; ameaça passa a ser investigada

Declaração de esposa de médico é fato novo sobre retirada de bala na Santa Casa: cirurgia não foi comunicada à polícia e caso está na Corregedoria

Murilo Jacob recebeu também mensagem de anestesista que é médico legista da Polícia Civil: vereador denuncia “prevaricação”

 

Após confirmar os nomes dos médicos envolvidos na cirurgia para a retirada de uma bala alojada no quadril de um homem atingido durante, segundo o próprio vereador, “uma chacina, guerra entre traficantes em Araçatuba”, Murilo Jacob recebeu duas importantes mensagens em postagens sobre a Santa Casa em seus perfis nas redes sociais.

Ricardo Nuevo, anestesista e legista da Polícia Civil, e os cirurgiões Pedro Barbosa e Vladimir Tarcísio, de acordo com o vereador Murilo Jacob, atuaram na operação realizada no centro cirúrgico da Santa Casa na madrugada do dia 2 de setembro, há pouco mais de dois meses.

Em pronunciamento na tribuna da Câmara, Jacob disse que os profissionais “foram convidados” (fazendo, com a mão, menção a um telefonema) para realizar o procedimento cirúrgico.

Primeiro, Ricardo Nuevo se posicionou: “Não fui convidado, estava de plantão e era obrigado a atender a ocorrência sob pena de omissão de socorro, ninguém sabia no centro cirúrgico que o paciente era de Araçatuba e muito menos um meliante. Você está mal informado”, disse o anestesista e legista da Polícia Civil ao vereador, que enfatizou o fato da falta de comunicação à polícia, sem mencionar possível omissão de socorro.

Reprodução da mensagem de Ricardo Nuevo ao vereador Murilo Jacob

Jacob também enfatizou que Nuevo é médico legista da Polícia Civil e o fato de não ter comunicado a autoridade policial seria prevaricação. Esse caso está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo, que está de posse do projétil retirado do suspeito.

A segunda mensagem veio da esposa de Pedro Barbosa, um dos médicos que, segundo Jacob, realizou a cirurgia. Confira a mensagem: “Sr. Murilo Jacob acho que você deveria se informar melhor sobre o que aconteceu. Primeiro que não foi na Santa Casa de Araçatuba! O meu marido estava de plantão e a todo momento ele pedia para ser comunicada a polícia sendo impedido! E segundo, o ‘Pedro’ estava sendo coagido! Você colocaria a Sua vida e a da sua família em risco? Não neh! Pois até os policiais não pegaram o meliante até hoje! E o mesmo sabia que era cirurgião em Fernandópolis e o mesmo disse: ‘como vamos resolver isso?’ Não vou ficar falando toda a história porque se vc jogou a bosta no ventilador você vai atrás…”

Mensagem na qual está o relato sobre o médico Pedro Barbosa ter sido “coagido” e impedido de comunicar a polícia

De acordo com informações colhidas pelo Revoluir, Pedro teria recebido “em dinheiro vivo” aproximadamente R$ 18 mil por ter realizado a cirurgia, sendo que parte dessa quantia teria sido apreendida pela polícia na casa do médico.

 

TRANSCENDENDO A SANTA CASA

Esta afirmação da esposa de um dos médicos que participaram da operação traz um fato novo: da coação, uma ameaça que deve ampliar o alcance das investigações para além da Santa Casa.

As duas mensagens confirmam a realização da cirurgia para retirada de uma bala alojada no quadril de um homem, cuja identidade permanece sob sigilo, mas é identificado pelo vereador Murilo Jacob como “partícipe de uma chacina, guerra entre traficantes em Araçatuba”.

Por que este indivíduo veio até a Santa Casa de Fernandópolis fazer essa cirurgia?

Por que a polícia não foi comunicada no momento da entrada do paciente no hospital, durante a cirurgia ou mesmo após a retirada da bala?

Quantos dias esse paciente permaneceu no hospital? De que dia, com o referido horário, até que data e hora?

 

SANTA CASA AFIRMA QUE “DENUNCIOU” O PROCEDIMENTO DOS MÉDICOS À POLÍCIA

Embora tenha divulgado uma nota oficial sobre esse caso, a Santa Casa não esclarece alguns pontos:

Por exemplo, “como” ficou sabendo que se tratava de um projétil de arma de fogo se na própria nota oficial relata que “nos registros médicos” havia apenas a identificação sobre uma “lesão por corpo estranho, o que não gerou suspeitas”.

Ao declarar que “denunciou” tal procedimento cirúrgico, a Santa Casa considera os envolvidos culpados? É fato então que a Santa Casa considera que os envolvidos, anestesista e médico legista Ricardo Nuevo, e os cirurgiões Pedro Barbosa e Vladimir Tarcísio cometeram algum crime?

Quais providências a atual provedoria tomou contra os envolvidos, já que os “denunciou”? Já se passaram mais de dois meses, esses profissionais continuam no quadro de contratados da Santa Casa?

CONFIRA A NOTA OFICIAL NA ÍNTEGRA, NO PRÓPRIO SITE DA SANTA CASA

Santa Casa denunciou procedimento de retirada de projétil de arma de fogo

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