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Como nossos pais

Professor Cadu é Biólogo, Cirurgião-Dentista, Mestre em Microbiologia, Doutor em Geologia Regional, Professor EBTT no Instituto Federal de São Paulo - Campus Votuporanga

Na infância, não compreendíamos quando os nossos pais ficavam zangados conosco ao cometermos uma travessura. Mas, quando nos tornamos pais…

Na juventude, acreditávamos ser um exagero nossas mães ficarem acordadas até tarde da noite esperando a nossa volta de uma festa aos fins de semana. Mas, quando nos tornamos pais…

Achávamos excesso de zelo a preocupação de nossos pais em saber quem eram as nossas amizades e quais eram os locais que frequentávamos nos momentos de lazer. Mas, quando nos tornamos pais…

Ficávamos chateados com o aborrecimento de nossos pais quando o boletim escolar não lhes agradavam, e também não aguentávamos mais ouvi-los dizer que o estudo era importante para o nosso futuro. Mas, quando nos tornamos pais…

  Quando chegou a hora, não ficamos tão tristes, como nossos pais, ao sair de casa para estudar ou trabalhar, deixando o “ninho vazio”. Mas, quando nos tornamos pais…

Quando não éramos pais, não tínhamos a noção de quanto eles, os pais, amavam os seus filhos. Mas, quando nos tornamos pais, passamos a sentir esse sentimento profundo.

E sentir amor verdadeiro por um filho, dentre outras coisas, é se preocupar, verdadeiramente, com a sua educação. E educar bem um filho não é referendar todas as suas atitudes, mas corrigi-lo em seus erros.

Corrigir é difícil, cansativo e mais trabalhoso do que permitir. Corrigir gera confronto, pede explicação, demanda insistência. Permitir é mais fácil, evita o desgaste momentâneo, mas os frutos colhidos no futuro podem ser amargos, bem amargos. Corrigir é bem educar. Bem educar é uma forma de expressar o amor verdadeiro

Sentir amor verdadeiro por um filho também é realizar sacrifícios (pessoais, financeiros, dentre outros) para garantir a ele oportunidade de crescimento pessoal e profissional. Um sacrifício um dia realizado pelos nossos pais.

Quando nos tornamos pais, passamos a temer mais pela nossa integridade física, ficamos mais precavidos, medrosos, perdemos aquela obstinação quase irresponsável da juventude, pois sabemos que os nossos filhos dependem de nós. Quando nos tornamos pais, tememos mais o abraço da morte, principalmente se os nossos filhos ainda precisam de nós.

Da mesmo forma, preocupamo-nos com a integridade de nossos filhos, frente a esse mundo tão perigoso. Por isso, ficamos acordados até eles chegarem da balada, procuramos conhecer o perfil de suas amizades e os lugares frequentados por eles.

Quando nos tornamos pais, ao educar os nossos filhos, adotamos muitas atitudes que um dia os nossos pais tomaram conosco no passado. Nesse momento, compreendemos tudo e até agradecemos.

Como nossos pais, transmitimos aos nossos filhos valores que um dia eles aprenderam com os nossos avós.

        Como nossos pais, um dia compreendemos tudo ao vivenciarmos a experiência de educar um filho.

Um dia os nossos filhos também compreenderão tudo.

E como diz um trecho da bela canção intitulada “Como nossos pais”, do compositor e cantor Belchior e, brilhantemente interpretada pela cantora Elis Regina: ‘Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo o que fizemos. Nós ainda somos o mesmos e vivemos, ainda somos os mesmos e vivemos, COMO NOSSOS PAIS’

Carlos Eduardo Maia de Oliveira é Biólogo, Cirurgião-Dentista, Mestre em Microbiologia, Doutor em Geologia Regional, Professor EBTT no Instituto Federal de São Paulo – Campus Votuporanga
edumaiaoli@yahoo.com.br

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